Perigo e risco: entenda a diferença
Quando pensamos em perigo e risco temos a tendência de colocá-los lado a lado, como sinônimos. Mas a verdade é que dentro da gestão da segurança do trabalho eles representam coisas diferentes.
Nem sempre onde existe perigo haverá riscos. Ficou curioso? Continue a leitura e entenda a diferença entre esses conceitos.
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Perigo e Risco: Qual a diferença?
Mas afinal, qual a diferença entre perigo e risco? De acordo com autores da área, perigo são condições que, quando não controladas, podem conduzir a eventos prejudiciais à saúde e bem-estar. Já o risco, é a probabilidade da ocorrência de lesões ou morte.
O perigo por si só não é um problema, ele se configura como nocivo quando o trabalhador fica exposto. Ou seja, passa a correr risco.
Definição de Perigo
Em termos gerais, podemos dizer que o perigo é uma característica ou item material ou imaterial, dentro do ambiente de trabalho, que tenha potencial para causar algum tipo de dano à saúde, mas está sendo controlado por meios de prevenção.
Definição de Risco
O risco é definido como a possibilidade de haver consequências prejudiciais à saúde física e mental do colaborador dentro do ambiente de trabalho.
O nível de risco varia de acordo com a gravidade dos possíveis danos e as probabilidades de acontecerem.
Leia também: História da Segurança do Trabalho: Saiba como iniciou no Brasil!
Como identificar perigos e riscos no trabalho
Para fazer a gestão correta da segurança no trabalho, é preciso fazer um levantamento dos perigos e riscos relacionados às atividades da empresa. Dessa forma, é possível estabelecer medidas para mitigar as probabilidades de ocorrência de problemas.
Esse levantamento deve ser minucioso e levar em conta aspectos como:
Processo de produção;
Maquinário e equipamentos;
Instalações;
Rotina de atividades;
Procedimentos legais e técnicos;
Fatores humanos;
Fatores externos;
Situações emergenciais, etc.
Além disso, é importante frisar que cada área de atuação possui suas particularidades. Por exemplo, uma escola não tem os mesmos riscos que um canteiro de obras.
Metodologias de levantamento de perigo e risco
Para fazer um levantamento correto dos perigos e riscos, o profissional responsável pela segurança do trabalho pode aplicar algumas metodologias. Veja os exemplos abaixo!
Check-list de perigos e riscos
Como o próprio nome indica, o check-list é uma lista que pode ser usado como um guia de avaliação de todos os pontos de perigo e risco no ambiente de trabalho.
Inspeções
As inspeções, sejam elas de rotina ou especiais, possibilitam novas análises e a identificação de riscos que não pareciam tão evidentes à primeira vista. Ou seja, são fundamentais para manter as práticas de mitigação e prevenção atualizadas.
Entrevistas
Não existe ninguém melhor para falar das dores do que quem realmente põe a mão na massa. Por isso, conversar com os funcionários que executam as atividades é uma estratégia muito assertiva.
Além das metodologias que mencionamos acima, é muito importante investir na educação dos colaboradores. Para isso é possível adotar recursos como: alertas de segurança, cartazes, palestras, workshops, etc.
Ah, a Semana Interna de Prevenção de Acidentes do Trabalho (SIPAT), que é uma atividade obrigatória determinada pelas leis brasileiras do trabalho, é uma excelente alternativa para envolver os funcionários nos processos de segurança.
Exemplos de Perigo no trabalho
São exemplos de situações perigosas:
substâncias químicas;
falta de capacitação;
chão escorregadio, etc.
Exemplos de Riscos no trabalho
E podemos classificar como risco situações como:
não uso de EPIs em área perigosa;
arranjo físico inadequado;
máquinas sem proteção para manuseio, etc.
Como gerenciar perigos ocupacionais
O bom gerenciamento dos perigos ocupacionais passa pelo levantamento dos ambientes e possibilidades de ocorrência de acidentes. Uma vez com esses pontos em vista, é possível adotar as medidas necessárias.
Como gerenciar riscos ocupacionais
Assim como os perigos ocupacionais, os riscos também devem ser mapeados e, a partir daí, começa o processo de planejamento e implementação da política de contenção de riscos.
Essas medidas são uma obrigatoriedade para as empresas, uma vez que, segundo as leis trabalhistas, o empregador deve fornecer um ambiente seguro para o desenvolvimento de atividades laborais por parte dos colaboradores.
No entanto, nem sempre as empresas estão 100% preparadas e cientes da legislação, e para te auxiliar com isso, você pode contar com o Instituto Santa Catarina!
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Conclusão
Apesar das diferenças conceituais, perigo e risco devem ser tratados com igual seriedade pelas empresas. Afinal, a saúde e bem-estar dos colaboradores deve ser sempre uma prioridade.
Leia também: Plano de Segurança do Trabalho: o que é, importância e como montar?